upgrading ou downgrading?

Começou por ser uma coisa matacona, branquinha, com ecrã monocromático e interface relativamente simples. Não me recordo ao certo da capacidade, mas é certo que seria apenas uma ínfima fracção daquilo que é hoje. Depois ramificou-se, veio o vídeo, o shuffle, o nano, as cores, o phone e o touch. E a capacidade disparou em flecha, enquanto que os preços desciam na razão inversa.
Tudo muito certinho, assim é o progresso tecnológico!
Agora aquilo que não gostamos de mencionar, ou sequer de lembrar: com o vídeo, o shuffle e o nano desapareceram as docks. Da mesma forma, a qualidade e durabilidade das baterias ia diminuindo. Agora que temos o clássico de 120Gb, phone e touch, perdemos as bolsinhas para proteger a engenhoca e, desgraça das desgraças!, o som. Passo a explicar: mesmo com o limitador de som inactivo, aquilo que se ouve através dos auriculares é apenas um murmúrio comparado com, digamos, o modelo vídeo de 30Gb (volta, meu querido! estás perdoado!).
Assim, lamento constatar que o próximo passo na escala evolutiva do iPod será o all in one (x-cept music): dá para ver filmes, fazer telefonemas, tirar fotos, fazer torradas, cortar as unhas, masturbar o ego, espremer borbulhas, mostrar aos conhecidos e desconhecidos que o nosso é "oh tão melhor que o deles!" e, ainda, combater eficazmente caspa, sífilis e hepatite C... Só não dá é para ouvir música... Pena é que eu só quero a merda do iPod, justamente, para ouvir música... Já sei, já sei! Coitadinha de mim que sou uma criatura ultrapassada e obsoleta, que não se consegue manter a par destes novos tempos... Pois, já me tinham dito... Bah!

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