hypermercado
Resolvi hoje roubar uns minutos do vosso tempo para vos falar de hypes. Não da trama sociológica que os precede, mas sim de três casos particulares que muito burburinho têm gerado nos meus receptores sinápticos auditivos... Sim, porque às vezes compensa ser uma Maria vai com as outras.
Jay Reatard - "Singles 06-07" (2008, In The Red)
Falava eu, aqui há dias, da forma do punk que há-de vir (em tradução livre). Embora acredite que aquilo a que se convencionou chamar punk nos dias de hoje (e, também, nalguns dos de ontem) não é mais do que um fenómeno de massas, artificial e bastardizado/estandardizado/ padronizado/qualquer outra coisa terminada em '-izado', de emos-melódicos-pseudos-qualquer-coisinha, julgo que há muito boa gente que continua a apresentar formas criativas e/ou interessantes de dignificar a estética.
É o caso deste Jay Reatard, rapaz já com longo currículo nestas lides. Nada mais simples do que retornar à pureza das raízes e voltar à garagem. Simples, directo, sem grandes subterfúgios e, acima de tudo, divertido. Para ele e para nós que o escutamos.
É apenas uma de várias soluções possíveis. Mas é uma que resulta bastante bem.
Passion Pit - "Chunk of Change" (2008, Frenchkiss)
Já há algum tempo que os Passion Pit andam debaixo do meu radar, mas, por um motivo ou outro, só agora consegui declarar posse sobre este EP de estreia. É claro que a Frenchkiss costuma, geralmente, ser um garante de coisa boa. Mas os Passion Pit também não deixam os seus créditos por mãos alheias, e fazem as delícias da pequenada com a sua pop electrónica, delicodoce e jovial. Um verdadeiro rebuçadinho!
Ponytail - "Ice Cream Spiritual" (2008, We Are Free)
Criatura desconfiada que sou, é certo e sabido que qualquer coisa que se me chegue aos ouvidos com a etiqueta art-punk colada, me irá deixar automaticamente de pé atrás. Mais ainda se for a própria banda a admiti-lo, e até publicitá-lo no seu MySpace. Mas resolvi dar uma segunda oportunidade a estes Ponytail, deixando para trás o preconceito... E que bom que foi!
A matriz sonora é extremamente interessante e as vozes são perfeitamente indescritíveis: chamemos-lhes antes vocalizações que alternam com berraria avulsa.
Seja como for, deixou-me entusiasmada o suficiente para comprar este segundo disco da banda, e curiosa o suficiente para lhes dar toda a minha atenção no Primavera.
Jay Reatard - "Singles 06-07" (2008, In The Red)
Falava eu, aqui há dias, da forma do punk que há-de vir (em tradução livre). Embora acredite que aquilo a que se convencionou chamar punk nos dias de hoje (e, também, nalguns dos de ontem) não é mais do que um fenómeno de massas, artificial e bastardizado/estandardizado/ padronizado/qualquer outra coisa terminada em '-izado', de emos-melódicos-pseudos-qualquer-coisinha, julgo que há muito boa gente que continua a apresentar formas criativas e/ou interessantes de dignificar a estética.
É o caso deste Jay Reatard, rapaz já com longo currículo nestas lides. Nada mais simples do que retornar à pureza das raízes e voltar à garagem. Simples, directo, sem grandes subterfúgios e, acima de tudo, divertido. Para ele e para nós que o escutamos.
É apenas uma de várias soluções possíveis. Mas é uma que resulta bastante bem.
Passion Pit - "Chunk of Change" (2008, Frenchkiss)
Já há algum tempo que os Passion Pit andam debaixo do meu radar, mas, por um motivo ou outro, só agora consegui declarar posse sobre este EP de estreia. É claro que a Frenchkiss costuma, geralmente, ser um garante de coisa boa. Mas os Passion Pit também não deixam os seus créditos por mãos alheias, e fazem as delícias da pequenada com a sua pop electrónica, delicodoce e jovial. Um verdadeiro rebuçadinho!
Ponytail - "Ice Cream Spiritual" (2008, We Are Free)
Criatura desconfiada que sou, é certo e sabido que qualquer coisa que se me chegue aos ouvidos com a etiqueta art-punk colada, me irá deixar automaticamente de pé atrás. Mais ainda se for a própria banda a admiti-lo, e até publicitá-lo no seu MySpace. Mas resolvi dar uma segunda oportunidade a estes Ponytail, deixando para trás o preconceito... E que bom que foi!
A matriz sonora é extremamente interessante e as vozes são perfeitamente indescritíveis: chamemos-lhes antes vocalizações que alternam com berraria avulsa.
Seja como for, deixou-me entusiasmada o suficiente para comprar este segundo disco da banda, e curiosa o suficiente para lhes dar toda a minha atenção no Primavera.