e agora digam todos: "crime!"
Há coisas que realmente me aguçam o apetite. Uma delas é dizerem-me que o Zach Hill faz/já fez parte de tal ou tal banda.
É o caso dos Crime in Choir (CiC). Embora tivesse uma vaga noção que o excelso baterista militara nas fileiras deste agrupamento, na altura não me disponibilizei a aprofundar a coisa. Afinal, uma pessoa não pode ter a pretensão de conhecer tudo e mais alguma coisa e, à época, andava entretida o suficiente com a descoberta de Damsel, onde, para além de Hill, figura também Nels Cline, outro dos aguçadores de apetite encartados (ficará para uma posta futura).
Ora, anteontem, andava eu em mais uma das minhas incursões pelo submundo do crime cibernético, quando os nossos caminhos (meus e dos CiC) se voltaram a cruzar. Ao que parece, anda por aí um novo álbum deles, bem fresquinho por sinal, chamado "Gift Givers" (2009, KillShaman).
Pensei eu: isto só pode ser interpretado como um sinal divino; uma conjugação astral muito particular e rara, que voltou a pôr os CiC no meu caminho. Não é todos os dias que uma pessoa, enquanto perpetua um crime, (re)descobre uma banda com a palavra 'Crime' no nome. Não podia ser coincidência, de forma alguma!... Pensando melhor, se calhar foi mesmo coincidência. Se calhar, foi mesmo o facto de dois dos elementos da formação original dos At the Drive-In fazerem também parte desta banda, que disparou todos os alertas vermelhos.
Seja como for, a exploração subsequente de "Gift Givers" não desiludiu em nada. Muito pelo contrário, produziu até resultados extremamente interessantes. Elaborando: prog rock que percorre toda a barra cronológica desta estética, dos idos aos presentes, sem nunca se tornar balofo (para o que muito contribuem temas de duração curta a média - o mais longo tem 7'01" - que, como tal, nunca se tornam excessivamente maçadores), com um cherinho a matemática e uma pitada de jazz e electrónicas exploratórias para boa medida. Tem o seu quê de Mars Volta, mas também de Chrome Hoof, ou mesmo, como não poderia deixar de ser, de At the Drive-In (vide "Fingers Lightly Bowed"). Veredicto final muito positivo, portanto.
E como um bom disco (geralmente) nunca vem só, tratei entretanto de me pôr a par do restante trabalho discográfico dos CiC. Mas isso será matéria para outras estórias...
Nota: Já o caríssimo leitor Diogo me tinha aqui alertado para os CiC. Eis o merecido destaque.
É o caso dos Crime in Choir (CiC). Embora tivesse uma vaga noção que o excelso baterista militara nas fileiras deste agrupamento, na altura não me disponibilizei a aprofundar a coisa. Afinal, uma pessoa não pode ter a pretensão de conhecer tudo e mais alguma coisa e, à época, andava entretida o suficiente com a descoberta de Damsel, onde, para além de Hill, figura também Nels Cline, outro dos aguçadores de apetite encartados (ficará para uma posta futura).
Ora, anteontem, andava eu em mais uma das minhas incursões pelo submundo do crime cibernético, quando os nossos caminhos (meus e dos CiC) se voltaram a cruzar. Ao que parece, anda por aí um novo álbum deles, bem fresquinho por sinal, chamado "Gift Givers" (2009, KillShaman).
Pensei eu: isto só pode ser interpretado como um sinal divino; uma conjugação astral muito particular e rara, que voltou a pôr os CiC no meu caminho. Não é todos os dias que uma pessoa, enquanto perpetua um crime, (re)descobre uma banda com a palavra 'Crime' no nome. Não podia ser coincidência, de forma alguma!... Pensando melhor, se calhar foi mesmo coincidência. Se calhar, foi mesmo o facto de dois dos elementos da formação original dos At the Drive-In fazerem também parte desta banda, que disparou todos os alertas vermelhos.
Seja como for, a exploração subsequente de "Gift Givers" não desiludiu em nada. Muito pelo contrário, produziu até resultados extremamente interessantes. Elaborando: prog rock que percorre toda a barra cronológica desta estética, dos idos aos presentes, sem nunca se tornar balofo (para o que muito contribuem temas de duração curta a média - o mais longo tem 7'01" - que, como tal, nunca se tornam excessivamente maçadores), com um cherinho a matemática e uma pitada de jazz e electrónicas exploratórias para boa medida. Tem o seu quê de Mars Volta, mas também de Chrome Hoof, ou mesmo, como não poderia deixar de ser, de At the Drive-In (vide "Fingers Lightly Bowed"). Veredicto final muito positivo, portanto.
E como um bom disco (geralmente) nunca vem só, tratei entretanto de me pôr a par do restante trabalho discográfico dos CiC. Mas isso será matéria para outras estórias...
Nota: Já o caríssimo leitor Diogo me tinha aqui alertado para os CiC. Eis o merecido destaque.