3 dias, 3 concertos pt. 2 - nádia nas catacumbas

Nadja + Catacombe ao vivo na Fábrica de Som (05.12.2008)

Chegava a altura de rumar ao Porto para mais dois concertos. O primeiro estaria a cargo dos canadianos Nadja e dos portugueses Catacombe.

Um momento histórico: o primeiro concerto do projecto de Pedro Sobast (aka Catacombe), e quem passou pela Fábrica de Som nessa noite pode orgulhar-se de ter participado nesse acontecimento.
As influências de Isis, Red Sparowes ou mesmo Jesu estão lá para quem as quiser descobrir, mas a banda começa, paulatinamente, a definir uma identidade própria e, esperamos nós, uma existência que se pretende longa e prolífica.
Um grande concerto que, caso não o soubéssemos a priori, em nada nos faria crer que realmente se tratava de uma ingénua e inexperiente 'primeira vez'. As pequenas e muito ocasionais falhas são perfeitamente compreensíveis e, como tal, desculpáveis.

Seguir-se-iam os Nadja. E, como em muitos outros casos em que se fala de ambient-drone, há um certo estado de espírito que será necessário invocar, de forma a poder fruir plenamente da experiência. Felizmente, no meu caso, posso dizer que consegui atingir esse mood, não só pela ambiência da sala em si, como também pela minha disposição mental nesse dia.
Foi assim, neste estado de plena abertura espiritual, que me embrenhei nas belíssimas paisagens sonoras do casal Aidan Baker e Leah Buckareff, ora lúgubres e monolíticas, ora delicadas e feéricas.
A nota cómica da noite vai para a "pop song" de mais de nove minutos, interpretada no encore, enquanto que o único apontamento mais negativo prende-se com o facto de, entre a relativamente vasta quantidade de álbuns para venda que a banda levava consigo, não constar um certo "Thaumogenesis". Também não se pode ter tudo.

Catacombe:



"Memoirs"

Nadja:


Popular Posts