cava, lázaro, cava!!!
Nick Cave & The Bad Seeds - "Dig, Lazarus, Dig!!!" (2008, Mute)
É sempre bom saber que há coisas que nunca mudam. Pondo a coisa de outra forma: é sempre bom saber que há coisas que, mesmo atravessando fases de inusitada mudança, acabam sempre por regressar aos moldes iniciais.
Foi isso que se passou com Nick Cave e os seus Bad Seeds neste "Dig, Lazarus, Dig!!!". Não sei se serão os efeitos benéficos da sua experiência com os Grinderman, bem como das recentes 'caubóiadas' em que ele se tem visto envolvido, o facto é que o Sr. Cave pareceu redescobrir o rock & roll e reencontrar o negrume das canções. Voltando a imbuir-se numa atmosfera de night club soturno, Cave desfia as suas pequenas histórias de perda, desilusão e abandono (desta feita com uma colaboração mais activa por parte dos Bad Seeds), recheadas daquele sarcasmo desprendido que lhe é tão familiar, e que afasta de cena quaisquer contornos de tragédia inevitável.
E assim, Cave mostra-nos que continua a ser um músico tão vital e tão único como era no início da sua carreira. Que não há aqui reinvenções nem reformulações, mas apenas evolução. E que, felizmente, a sua fase 'luminosa-e-corinhos-gospel' já passou.
É sempre bom saber que há coisas que nunca mudam. Pondo a coisa de outra forma: é sempre bom saber que há coisas que, mesmo atravessando fases de inusitada mudança, acabam sempre por regressar aos moldes iniciais.
Foi isso que se passou com Nick Cave e os seus Bad Seeds neste "Dig, Lazarus, Dig!!!". Não sei se serão os efeitos benéficos da sua experiência com os Grinderman, bem como das recentes 'caubóiadas' em que ele se tem visto envolvido, o facto é que o Sr. Cave pareceu redescobrir o rock & roll e reencontrar o negrume das canções. Voltando a imbuir-se numa atmosfera de night club soturno, Cave desfia as suas pequenas histórias de perda, desilusão e abandono (desta feita com uma colaboração mais activa por parte dos Bad Seeds), recheadas daquele sarcasmo desprendido que lhe é tão familiar, e que afasta de cena quaisquer contornos de tragédia inevitável.
E assim, Cave mostra-nos que continua a ser um músico tão vital e tão único como era no início da sua carreira. Que não há aqui reinvenções nem reformulações, mas apenas evolução. E que, felizmente, a sua fase 'luminosa-e-corinhos-gospel' já passou.