25 piores... discos de 2007

Pronto! Começou a febre das listas.
Afanam-se as comadres, quiçá imbuídas do glorioso espírito natalício das listas de compras, para criar a lista mais sensacional/ cientifica e artisticamente correcta/imperdível/incrível/estapafúrdia de tudo o que de melhor se fez ou aconteceu em 2007. E eu, como não sou nem mais, nem menos que os outros, resolvi também entrar no barco.
Mas não sendo nem mais, nem menos que os outros, o mesmo já não se pode dizer da minha bonomia. To make a long story short, eu sou uma gaja cruel. Não sou aquele pocinho de simpatia, candura e recato por quem as pessoas, normalmente, me tomam. Eu sou assim. Mázinha mesmo. Roçando o cabra.
Assim, e sem mais delongas, naquilo que eu gosto de chamar um “vamos-lá-fazer-inimigos” (versão “Andrew Earles rocks!”), deixo-vos com a lista dos piores álbuns de 2007, que, muito provavelmente, figurarão nas listas de muito boa gente como ‘os melhores do ano’. Vá, muitos deles nem são assim tão maus. Fraquinhos, talvez. Mas todos têm em comum o facto de pertencerem a bandas ou artistas dos quais até parece mal dizer que não se gosta. Talvez com alguns monstros sagrados lá pelo meio.
And now, ladies and gentlemen, because ‘being mean’ is the next ‘being nice’... I give you The List!... Do menos mau para o péssimo, e com comentários, que atestam da minha idoneidade (ahah!)...


25. PJ Harvey – “White Chalk” (PJ, minha querida, volta a pegar na guitarrinha, voltas?? – inserir aqui a voz de uma das criancinhas simpáticas dos anúncios da Sociedade Ponto Verde – Vá lá!! Por favor!! Fazes-me esse favor, fazes?? Obrigada!)
24. Radiohead – “In Rainbows” (É um daqueles casos que o disco decresceu com audições sucessivas. Mais um caso de Radiohead em rota descendente.)
23. Interpol – “Our Love To Admire” (Dei-me eu ao trabalho de comprar a edição especial, caríssima, para isto! Shame on you, Interpol!... And shame on me!)
22. Animal Collective – “Strawberry Jam” (Não me entrou. Better luck next time, Animal Collective!)
21. Arcade Fire – “Neon Bible” (Mais um desperdício de edição especial... Rai’s parta mais a publicidade enganosa! Não sendo um mau disco, fica muito aquém de “Funeral”.)
20. Beirut – “The Flying Club Cup” (Diz que é bom. Eu é que nunca consegui gostar. Desculpem lá qualquer coisinha, sim?)
19. LCD Soundsystem – “Sound of Silver” (O primeiro ainda foi consumido por estas bandas com uma certa avidez. Este já não: Vira o disco e toc’ó mesmo!)
18. Editors – “An End Has a Start” (O primeiro álbum despertou-me moderada atenção. Este segundo, pouca ou nenhuma.)
17. Björk – “Volta” (Como possuidora de quase toda a discografia da artista – incluíndo alguns singles, remisturas e merdices de caixas que ela lança – sinto-me com propriedade para afirmar que ela se tornou uma chata... Cara Björk: ‘Volta’ mas é a fazer música relevante!)
16. Devendra Banhart – “Smokey Rolls Down Thunder Canyon” (Eh pá, é impressão minha ou esta cena toda da freak folk já é um bocado passadista? E como se não bastasse, o rapaz está cada vez mais frito daquela cabecinha... O que pode ser bom. Mas, neste caso, é mau.)
15. Rufus Wainwright – “Release the Stars” (O Rufinho é uma sequinha! Hoje como ontem.)
14. Feist – “The Reminder” (A artista nem é uma má artista... Mas a modos que fez assim um disco sem grande interesse.)
13. New Young Pony Club – “Fantastic Playroom” (Não obstante a boa exibição no Festival Paredes de Coura ‘07, já não há paciência para estas coisas electro-nu-rave-synth-dance-pop-qualquer-coisa.)
12. Justice – “Cross” (É incrível como uma única música, de tão irritante, nos pode fazer detestar todo um álbum!)
11. Air – “Pocket Symphony” (Nunca gostei de Air, não era agora que ia começar.)
10. The White Stripes – “Icky Thump” (Pioraram a olhos vistos. É daquelas bandas que eu nunca imaginei vir a dizer mal... Mas olhem, acontece!)
9. The Pigeon Detectives – “Wait for Me” (Deixei de ter paciência para estas novas bandas que abraçam o movimento, mais que recauchutado e vomitado em anos recentes, nu/art-rock para aí por alturas da Revolução Industrial... Aquela que se deu no século XVIII!)
8. The Cinematics – “A Strange Education” (vide The Pigeon Detectives)
7. of Montreal – “Hissing Fauna, Are You the Destroyer?” (Ui! Que nós somos tão esquizóides e ‘forex’... Não há pachorra!)
6. Patrick Wolf – “The Magic Position” (Ai o menino, tão querido e prodigioso!... *Vómito!*)
5. Au Revoir Simone – “The Bird of Music” (Boooooooring... Sono, muito sono... O Sr. Lynch mostra claros sintomas de senilidade.)
4. Voxtrot – “Voxtrot” (Need I go on??...)
3. David Fonseca – “Dreams in Color” (É bem conhecida a minha embirração pelo Sr. Fonseca. Mas atenção! Isto não é um qualquer ódio irracional. Pura e simplesmente, não o acho assim tão talentoso, e julgo-o imerecedor das loas que lhe cantam.)
2. Bloc Party – “A Weekend in the City” (Fraquinho, muito fraquinho! E levam com uma posição tão desonrosa porque tinham um fabuloso primeiro álbum, o que lhes retira todo e qualquer direito de lançarem uma coisinha tão medíocre.)
1. She Wants Revenge – “This Is Forever” (Execráveis! Já o achava por alturas do primeiro disco, mas com este segundo conseguiram superar-se... Para um qualquer grau superlativo absoluto do adjectivo execrável. Parabéns, She Wants Revenge! Conseguiram a proeza de ganhar o balde de merda de ouro!)

Nota: Como já dizia a minha avózinha: “Save the best for last” (sim, a minha avózinha era uma mulher culta e bilingue). As listas dos melhores de 2007 serão aqui afixadas em altura apropriada, porque o ano ainda não acabou e eu não sou gaja para pôr o carro à frente dos bois. Quereis um exemplo? Só hoje adquiri uma coisinha chamada Yeasayer, que me pareceu muito interessante.

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