há que ter um certo critério

Criteria

Não diria que o senhor é um génio. Nem sequer diria que tudo o que o senhor toca se transforma em ouro. Diria sim que ele está lá muito perto. Terrivelmente perto, aliás.
As evidências são avassaladoras: após ter cursado com nomes mais ou menos sonantes como The March Hares, Slowdown Virginia, Smashmouth e a formação inicial dos Cursive, o senhor segue o seu caminho para formar os gloriosos The White Octave (que, à época, fizeram parte de uma das minhas tríades de eleição, conjuntamente com Desaparecidos e Pilot to Gunner). Mais tarde, com o seu curso de Direito terminado, o senhor resolve pôr um ponto final na carreira dos White Octave e dar início a um novo projecto a solo, mais tarde transformado oficialmente em banda, os Criteria.

Com uma apetência particular para um certo post-hardcore de cariz mais college indie-rock (vamos lá ver se nos entendemos, eu nunca disse que não gostava de college rock. Apenas não gosto da maioria das coisas que se propiciam a ser classificadas como tal), o senhor realmente tem cometido muito poucos erros.
De facto, o senhor conseguiu algo de admirável. Soar genuinamente (norte)americano, sem ser demasiado angsty nem demasiado folky. Sem ser demasiado underground nem demasiado mainstream. Mais do que isso, o senhor Stephen Pedersen conseguiu algo ao alcance de muito poucos. Soar e ser brutalmente honesto.

A rodar no estéreo...
Criteria – “En Garde” (2003, Initial)
Criteria – “When We Break” (2005, Saddle Creek)
The White Octave – “Menergy” (2001, Initial)

Numa de nostalgia, complementar com...
Desaparecidos – “Read Music/Speak Spanish” (2002, Wichita)
Pilot to Gunner – “Games At High Speeds” (2000, Gern Blandsten)

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