supersonic pt. 1 - algumas considerações turísticas sobre birmingham

Dois dias de puro delírio sónico que, infelizmente, já terminaram. Deveriam ter sido dois e meio, mas, por motivos a ser abordados numa posta futura, ficámo-nos pelos dois.
Tudo o que é bom acaba depressa, e o Supersonic não foi excepção. Tal como tudo o que é bom deixa uma forte impressão gravada na memória. O Supersonic deixou várias: uma série de boas recordações de grandes concertos.
Mas antes de partilhar essa experiência convosco, e enquanto o You Tube não carrega os vídeos, deixo-vos com algumas impressões acerca da cidade e das gentes de Birmingham.

- Não há forma simpática de o dizer. Birmingham é uma cidade feia. Escura, de construção maioritariamente recente e sem grande preocupação estética, com muitos centros comerciais de grandes dimensões e muito comércio em geral, e sem grandes pontos de interesse para visitar. No fundo, a cidade mais parece um subúrbio de si própria... E durante os quatro dias que lá estivemos, não vi um único varredor de ruas. Escusado será dizer que o estado de limpeza das mesmas estava longe do desejável. Não é um sítio muito virado para o turismo, portanto.

- Os ingleses são um povo estranho, pelo menos a curta amostra a que tive acesso. Mais parecem personagens de uma qualquer série de BritCom... A ficção imita a realidade ou será o contrário? Chega a ser surreal.
A seu favor têm a mania do chá e, regra geral, a cordialidade e um excelente sentido de organização. Contra eles têm, em certas situações, a frieza e a cabotinagem. Do que pude ver durante os concertos, o comportamento ainda é mais bizarro: permanecem perfeitamente estáticos, impávidos e serenos, o tempo inteiro, até que, lá quando o rei faz anos, irrompem em verdadeiros surtos hooliganescos. Para eles, o slam-dancing é mais um kick-and-punch-dancing.
Sim, e bebem que se desunham e uma percentagem significativa da população é obesa.

- O tempo em Birmingham/Inglaterra é tudo aquilo que dizem dele. Uma merda.

- Relativamente ao custo de vida, não achei nada de extraordinário. O álcool e o tabaco sim, são muito caros. Mas, com o que eles ganham, hão-de poder bem com isso... Afinal, têm que ter alguma compensação por viverem num país com um tempo tão manhoso, não?

- O trânsito fez-me muita confusão... Especialmente quando via crianças no nosso lugar do condutor.
Como se o conduzir pela esquerda e o lugar do condutor à direita não fossem suficientes, as próprias vias rodoviárias eram bastante confusas. Atravessar uma estrada era sempre uma aventura!

- Nota muito positiva para o grande Hotel Etap de Birmingham. Por cerca de £13 por noite e por pessoa, mais £2,95 por um belo pequeno-almoço continental (nada de porcarias indigestas como feijões ou ovos mexidos), tivemos direito a um quarto para três pessoas, com televisão, ar condicionado, casa-de-banho completa e o segundo colchão mais confortável onde eu já dormi (o primeiro é o de minha casa). Recomenda-se vivamente.

- Para terminar, a minha perdição sempre que vou ao estrangeiro: os discos. Pechinchas ou não (e por lá encontrei muitas, a melhor das quais talvez tenha sido o EP "Lateral" dos Growing por £0,50), o facto é que, quer leve muito ou pouco dinheiro, acabo, invariavelmente, por gastá-lo quase todo nas rodelas de música... Mas vale sempre a pena!
Aqui ficam algumas moradas de lojas de discos, para quando passarem por Birmingham:

Tempest Records
83 Bull Street

Music & Video Exchange
8 Smallbrook Queensway

HMV
38 High Street (Pavillions Shopping Centre)

Zavvi
38 High Street (Pavillions Shopping Centre)

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