música estupidamente cara, música grátis, uma maratona que deve ser boa para maluquinhos sem amor ao repouso e mais música grátis

Se há banda que eu possa considerar como verdadeira responsável pelo meu apreço pelo indie, bem como por todas as outras coisas mariquinhas da vida, essa banda será, certamente, os Eels (ou deverei dizer Mr. E.?, nunca sei...).
Como tal, foi com bastante júbilo que acolhi a notícia que os Eels/E. se preparam para reeditar - em versão aumentada, autografada, numerada, limitadíssima a 2500 cópias e com um packaging de luxo - "Blinking Lights and Other Revelations", o álbum duplo de 2005, já no próximo dia 28. O formato de eleição será o vinil heavy-weight (quádruplo, neste caso) que, para além das 33 faixas do já refereido "Blinking Lights...", irá ainda incluir um LP exclusivo gravado ao vivo com 17 temas, intitulado "Manchester 2005".
E agora vem aquela parte engraçada, em que o júbilo vai completamente ao ar, que é quando o indivíduo vê o preço da coisa: uns 'modestíssimos' US $205... Tudo bem que o pacote é muito agradável à vista e tal, mas $205?!? Haja pachorra para esta gente chupista que não sabe fazer outra coisa se não reeditar discos, juntar-lhes um mísero álbum ao vivo, chamar-lhes edições de luxo e pedir balúrdios por este refugo glorificado!
Mas como nem tudo são cardos, para comemorar o lançamento desta monstruosidade - e talvez como forma de atenuar o choque -, a banda lançou um EP digital com quatro faixas de "Manchester 2005", que poderá ser descarregado gratuitamente (yay!) aqui. Mas apressem-se, pois só têm até dia 28 para o fazer. Depois disso, só mesmo os $205 ou o Sordo.

Não sei se já terão ouvido falar numa tal de CMJ Music Marathon & Film Festival '08. Creiam-me, eu tenho tentado passar-lhe ao lado sem sucesso absolutamente nenhum. De há uma ou duas semanas para cá não há blogue de música norte-americano que não publique um mínimo de 53 postas diárias acerca do evento. Ele são antevisões, previsões, cancelamentos, confirmações e tudo o mais que os autores se lembrarem. O facto é que não há como escapar da loucura da maratona da CMJ.
Mas, to cut a long story short e, em particular, para todos aqueles que, admiravelmente, se têm conseguido manter incólumes a esta praga, apenas interessa saber que isto se trata de uma espécie de SXSW, a decorrer em Nova Iorque (já aqui tive oportunidade de dizer o que penso do conceito do SXSW e não fui nada abonatória). Mais importante ainda é saber que os simpáticos indivíduos da CMJ como que deram uma esmolinha aos pobrezinhos do outro lado do Atlântico (e não só), na forma de uma compilação digital com 10 faixas, também ela gratuita. Descarreguem-na aqui e informem-se melhor acerca desta brutalidade aqui (recomendo vivamente uma espreitadela à lista de artistas confirmados).

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