o homem do futuro

O tema de capa da edição do NME de 26 de Abril é, mais do que uma enumeração, uma homenagem às personalidades nas quais, segundo os escribas desta publicação, reside o futuro da música, seja como indústria ou forma de arte.
O artigo intitula-se "The Future 50" e, como já perceberam, dá-nos o ranking dos 50 "artistas, músicos, bandas, inventores, reinventores e inovadores" que estarão, já hoje, a cimentar o futuro desta arte que conhecemos e amamos, personificando o espírito "let's push things forward" (como, eloquentemente, diria o amigo Mike Skinner).
Dessa lista gostaria apenas de destacar os 10 primeiros classificados, que são por ordem crescente de importância: Crystal Castles, Alex Turner, Damon Albarn, Rick Rubin, Saam, Burial, Fucked Up (escolha que muito me surpreendeu e agradou), Radiohead, M.I.A. e, ocupando a pole position, David Sitek (na foto). E é precisamente sobre este senhor que vos vinha aqui falar.

Concorde-se ou não com a escolha, e cada um acaba sempre por defender a sua donzela, tal como o NME não deixa de ser uma publicação relativamente especializada, é inegável que no espectro de uma certa música dita alternativa, Dave Sitek representou e continua a representar um papel preponderante, quer como força criativa, quer como técnico exímio, quer ainda como visionário que continua a quebrar barreiras.
Seja como membro dos magníficos TV on the Radio, seja pelos inúmeros e, na sua larga maioria, interessantíssimos projectos com os quais colaborou, emprestando os seus dotes de produtor, remisturador, etc. (Yeah Yeah Yeahs, Liars, Celebration, Angels of Light, Nine Inch Nails, Telepathe, Animal Collective, Yeasayer, Effi Briest, Marnie Stern, Dirty Projectors, Gang Gang Dance, Dragons of Zynth, Thee Oh Sees, Dawn of Man, entre outros), seja pelos seus projectos pessoais como fotógrafo e pintor, o facto é que o homem é um mago imparável. Um autêntico Midas dos tempos modernos.

Neste particular, há que tirar o chapéu ao NME.

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